Por que inverter a aula? – Razão 1

Postado em 14 de setembro de 2022

Página do meu curso Sala de aula invertida: https://bit.ly/3dBi5nq 

A inversão fala a língua dos estudantes de hoje

Vamos apresentar para vocês algumas razões pelas quais você deve pensar em inverter sua sala de aula. A primeira delas diz respeito ao fato de que a inversão fala a língua dos estudantes de hoje. Com a pandemia da Covid-19 que ainda existe e faz parte da nossa realidade desde o ano de 2020, muitas pessoas mudaram suas conformas de trabalhar e consumir, inclusive de estudar. A busca por cursos on-line tem aumentado vertiginosamente a partir de então e cada vez mais o consumo ocorre por meio de cursos com interação e vídeos.

Os alunos de hoje crescem com acesso à Internet, YouTube, Facebook, Instagram, Whatsapp, Tiktok e a muitos outros recursos digitais. Esta é a geração Z, nascidos a partir de 2000 que já se encontra em todos os níveis de ensino – infantil, básico, superior. Aqui segue um vídeo para você entender melhor a diferença de cada geração – https://www.youtube.com/watch?v=Gh8oz8HykIg&t=2s.

Em geral, os estudantes podem ser vistos fazendo os exercícios de matemática ou outras disciplinas enquanto enviam mensagens de texto, postam e curtem no Facebook e ouvem música, tudo ao mesmo tempo. Segundo Bergmann (2018) muitos desses estudantes relatam que quando chegam à escola precisam se desconectar e emburrecer, já que as escolas proíbem telefones celulares, iPods e quaisquer outros dispositivos digitais. O mais triste é o fato de que a maioria dos alunos carrega consigo dispositivos de computação mais poderosos do que grande parte dos computadores existentes em nossas escolas — e ainda não lhes permitimos explorar esses recursos, que são naturalmente parte de seu dia a dia. Outro fato que já discutirmos aqui neste Blog é a inovação curricular que precisa acontecer em todos os âmbitos da educação no Brasil para acompanhar o desenvolvimento da sociedade. Segue link para leitura: https://marciaconsultoria.com.br/blog/modelos-curriculares-e-a-sociedade-atual/

Quando aos autores apresentam a sala de aula invertida a outros educadores, geralmente percebem uma reação de espanto do público, quase sempre composto de adultos que não cresceram no mundo digital e que tem como modelo o método tradicional focado em conteúdos e que são transmitidos por meio de aulas de um professor para vários estudantes (como se o conteúdo estive apenas sob o domínio do professor).

Quando os autores começaram o processo de inversão (e eu também!), ficamos surpresos com a espontaneidade com que a mudança era recebida pelos estudantes. Depois de duas semanas de vídeos, eles imergiam no novo método de aprendizagem e o fator-espanto desaparecia. Esses estudantes compreendem com naturalidade a aprendizagem digital. Para eles, o que fazemos é falar a língua deles. E não nos interprete mal — não estamos dizendo que eles não se interessam por aprender dessa maneira. No entanto, as instruções por meio de vídeo não são grande novidade para os estudantes de hoje. Eles já aprendem muitos conteúdos por meio do YouTube ou plataformas que vendem ou disponibilizam cursos on-line.

Uma preocupação que ouvimos dos adultos é a de que estamos aumentando o tempo de exposição dos alunos ao computador, o que agravaria o sentimento de desconexão de muitos desses adultos em relação à juventude de hoje. A isso respondemos que, em vez de combater a cultura vídeo/digital, nós a exploramos para obter melhores resultados. Já não seria mais que tempo de finalmente adotar os recursos digitais como auxiliares da aprendizagem, em vez de recomendar aos alunos que evitem as ferramentas hoje disponíveis? Parece-nos absurdo que as escolas ainda não tenham assentido a essas mudanças.

Não dá para negar o que já está na palma das mãos da maioria dos nossos estudantes e professores!

Desta forma, ao entrar em nossas salas de aula, você verá estudantes participando de várias atividades e usando diferentes dispositivos digitais. Trabalham em nossos computadores, mesmo que obsoletos, usam seus celulares, formam equipes explorando novidades e interagindo com o professor. Inclusive, estimulamos nossos estudantes a trazerem seus próprios equipamentos eletrônicos, porque, francamente, são melhores que os recursos tecnológicos antiquados da escola. Esta prática é chamada – Traga seu próprio dispositivo (BYOD). BYOD (bring your own device), também chamado de BYOT (bring your own technology), é o nome que se dá a política que permite que funcionários levem seus próprios dispositivos móveis (notebooks, tablets, smartphones) para o espaço de trabalho para usá-los com os próprios aplicativos e informações da empresa. Na escola funciona da mesma maneira. Os gestores pedem que os estudantes e professores tragam seus próprios dispositivos para que eles possam ser usados em sala de aula. Saiba mais: https://porvir.org/byod-bring-device/

Invertendo ou não sua sala de aula, creio que você percebeu que a utilização de tecnologias educacionais e recursos como vídeos são essenciais nos dias de hoje, certo?

Saiba como inverter sua aula adquirindo o meu curso: METODOLOGIAS ATIVAS: A SALA DE AULA INVERTIDA – Link: https://bit.ly/3dBi5nq.

Veja também o curso: METODOLOGIAS ATIVAS: APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS (ABP) – Link: https://bit.ly/3QNbi8x.

Um abraço!

Profa. Márcia Loch

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– Página do curso Sala de aula invertida: https://bit.ly/3dBi5nq 
– Página do curso Aprendizagem baseada em projetos: https://bit.ly/3QNbi8x 

Referência

BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2018.


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